quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

História do tecido

História dos tecidos
Paula Ferraz

Em um passado nada distante imaginávamos que o ano 2000 chegaria com a população mundial envolta em tecidos metalizados, como o amianto. Felizmente isso não aconteceu e a indústria têxtil tem se esmerado em usar toda a tecnologia mundial disponível para criar fibras e tecidos cada vez mais ajustados ao estilo de vida moderno.
Presentes desde que o homem criou sua primeira vestimenta, o algodão e o linho reinaram soberanos até meados do século XIX, quando surgiram as primeiras fibras sintéticas – acetato e viscose. O primeiro fio sintético de acetato de celulose foi criado na Alemanha em 1869. No princípio do século XX os químicos suíços Camille e Henri Dreyfus deram continuidade ao desenvolvimento da fibra, sendo bruscamente interrompidos com a chegada da Primeira Guerra Mundial, quando o acetato foi usado na fabricação de encerados para revestir os aviões franceses e britânicos. Somente em 1920 o acetato voltou a ser produzido comercialmente, pela British Celanese Ltda, utilizando o método Dreyfus. A viscose, fibra sintética de celulose derivada da polpa de madeira, passou a ser produzida em 1905.
A segunda geração de sintéticos teve início em 1938 com o lançamento do nylon – termo genérico para uma fibra sintética em que a substância formadora é qualquer poliamida sintética de cadeia longa que possua grupos recorrentes de amidas. As primeiras meias finas de nylon foram lançadas em 1940. Alguns anos depois apareceu a fibra sintética acrílica, usada para substituir a lã. Lançada em 1947, só foi produzida em escala comercial na década de 50 quando, surgiu no mercado a fibra de poliéster. Utilizada inicialmente na fabricação de tecidos para decoração, o poliéster foi usado com sucesso na fabricação de todos os tipos de roupa por ter como características o fato de não amarrotar, não deformar e secar rapidamente. Quem é que não se lembra do slogan lançado anos mais tarde que dizia “Senta, levanta, senta, levanta e nunca amarrota?”.
Apesar da tecnologia ser a favor do aperfeiçoamento das fibras sintéticas, os anos 80 foram marcados por períodos de “rejeição” aos sintéticos. Quase um século após o aparecimento da primeira fibra sintética, a população mundial descobriu inúmeras desvantagens dos tecidos produzidos dessa forma.
Preterida no mercado têxtil, a indústria iniciou uma série de pesquisas para o aprimoramento do tecido, tendo como objetivo principal a eliminação das propriedades de desconforto amplamente difundidas nesse período.

Cetim- é um tecido e foi assim denominado em homenagem a Zaitum (ou Tsenthung), China, de onde se origina. Era a princípio um tecido brilhante de seda em trama bem fechada.Tecido luxuoso, o cetim é mais usado para roupas de noite e é altamente recomendado pelos alfaiates por sua classe e caimento.


Seda - é uma fibra protéica usada na indústria têxtil. Obtem-se a partir dos casulos do bicho-da-seda por um processo designado de sericicultura. A fibra de seda natural é um filamento contínuo da proteína, produzido pelas lagartas de certos tipos de mariposas, sendo uma das matérias-primas mais caras. As lagartas expelem através das glândulas o líquido da seda (a fibroína) envolvido por uma goma (a sericina) que se solidificam imediatamente quando em contato com o ar. Aplicações: tecidos de seda devido a sua leveza, brilho e maciez. São usados principalmente em camisas, vestidos, blusas, gravatas, xales, luvas, etc... No século xx, o raiom (é o nome da seda artificial, feito de celulose) e outras fibras sintéticas tomaram o lugar da seda.


 

    Algodão - é uma fibra branca ou esbranquiçada obtida dos frutos de algumas espécies do gênero Gossypium, família Malvaceae. O principal componente da fibra de algodão é a celulose, que representa a maior parte da sua composição química. A cadeia de celulose é constituída por moléculas de glicose. A disposição destas moléculas na cadeia é denominada de celulose amorfa e cristalina, e tem importante papel nas características das fibras. Depois da celulose, a cera constitui-se de grande importância na fibra de algodão. É responsável pelo controle de absorção de água pela fibra e funciona como lubrificante entre as fibras durante os processos de estiragem na fiação.


   Poliéster - é um tipo de plástico com diversas aplicações industriais, em especial na produção de tecidos para fabricação de roupas.                                                                

O poliéster é uma categoria de polímeros o qual contém o grupo funcional éster em sua cadeia principal. Os poliésteres existem na natureza, mesmo assim o seu nome é usado para se referir a produtos sintéticos, como o plástico. Desses sintéticos pode-se destacar o policarbonato e especialmente o polietileno tereftalato.

     - é derivada do pêlo da ovelha que, depois de tosquiado (cortado), é processado industrialmente para usos têxteis, limpeza, e coloração.O tecido feito de lã serve como isolante térmico, não esquenta tanto sob o sol (mantém a temperatura do corpo em média 5 a 8 graus mais baixa em comparação com tecidos sintéticos (expostos ao sol), "respira" no corpo, é naturalmente elástico, portanto mais confortável e não amassa.


    Couro - é a pele curtida de animais, utilizada como material nobre para a confecção de diversos artefatos para o uso humano, tais como: cintos, carteiras , bolsas, malas , pastas, casacos, chapéus , entre outros.O couro bovino é o mais utilizado, entretanto, tem crescido a procura de couros suínos, caprinos, ovinos e de outras espécies de animais como o jacaré, a cobra e atualmente, de rã e peixe.


      

    Paina - é uma fibra natural semelhante ao algodão, oriundo dos frutos da paineira. É usado para revestir o interior de colchões e travesseiros. Muitas paineiras existem no centro do Brasil. O estado de Mato Grosso tem muitas destas arvores. Experimentos estão sendo feitos para descobrir se a fibra também pode ser utilizada como matéria-prima para tecidos de roupa.


    Juta - (Corchorus capsularisé uma fibra têxtil vegetal que provém da família Tiliodeae. Esta erva lenhosa alcança uma altura de 3 a 4 metros e o seu talo tem uma grossura de aproximadamente 20 mm, crescendo em climas úmidos e tropicais. A época de semear varia, segundo a natureza e o clima. As plantas florescem 4 a 5 meses depois de semeadas e inicia-se imediatamente a colheita. A fibra útil é contida entre a casca e o talo interno e a extração é feita pelo processo da meceração.

A maceração é o nome dado a uma operação química que consiste em retirar ou extrair de um corpo, certas substancias que são consideradas princípios activios. Esses princípios activos podem ser posteriormente utilizados com certas finalidades, quer farmacológicas, quer químicas.


    Linho - é uma planta herbácea que chega a atingir um metro de altura e pertence à família das lináceas. Abrange um certo número de subespécies, integradas por botânicos com o nome de Linum usitatissimum.Compõe-se basicamente de uma substância fibrosa, da qual se extraem as fibras longas para a fabricação de tecidos e de uma substância lenhosa. Produz sementes oleaginosas e a sua farinha é utilizada para cataplasmas de papas, usada para fins medicinais.A preparação das fibras do linho para o uso têxtil consiste na formam a estopa de separação das fibras lenhosas e das fibras têxteis. Esta operação é feita por processos diferentes conforme as regiões. No processo mecânico destacam-se mesmo fibrilas dos feixes paralelos de filaça. Estas fibras curtas, desordenadas, espadelagem. As fibras longas, paralelas, têm o nome de linho espadelado, enquanto as fibras curtas são chamadas de estopa espadelada. A última etapa de todo o processo é a assedagem, que consiste na separação das fibras longas, do linho, da estopa, que são mais curtas. A assedagem provoca mais um desmanchamento e uma purificação das fibras paralelas. Essa operação é feita manualmente pelo restelo ou na respectiva máquina, chamada espadela.

     A finalidade da assedagem é desmanchar mais os feixes de filaça por meio de agulhas, e deixá-los mais finos. Durante este trabalho, fibras curtas são removidas mediante a penteagem (estopa de assedagem). É mais fina que a estopa de espadelagem. A fibra longa assedada tem o nome de linho assedado. Pode ser fiada mais fina que a estopa de espadelagem e de assedagem, e os fios apresentam maior resistência.


    SisalO sisal (Agave Agavaceae) é uma planta utilizada para fins comerciais.utiliza-se principalmente a fibra das folhas que, após o beneficiamento, é destinada majoritariamente à indústria de cordoaria (cordas, cordéis, tapetes etc).Os principais produtos são os fios biodegradáveis utilizados em artesanato; no enfardamento de forragens; cordas de várias utilidades, inclusive navais; torcidos, terminais e cordéis. O sisal também é utilizado na produção de estofados; pasta para indústria de celulose; produção de tequila; tapetes decorativos; remédios; biofertilizantes; ração animal; adubo orgânico e sacarias.

 

  

 Náilon - (ou nylon) foi a primeira fibra têxtil sintética produzida. Dos fios desse polímero fabricam-se o velcro e os tecidos usados em meias femininas, roupas íntimas, maiôs e biquinis. O náilon consiste, também, no mais conhecido representante de uma categoria de materiais chamados poliamidas, que apresentam ótima resistência ao desgaste e ao tracionamento. Esta última propriedade é facilmente percebida quando tentamos arrebentar com as mãos uma linha de pesca fabricada com náilon.


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